segunda-feira, 20 de abril de 2009


Depois de um dia de trabalho, voltava eu para casa, quando um pouco preocupado reparei que muita gente rodeava algo, mas ao longe não conseguia perceber o que era. Aproximei-me e qual não foi o meu espanto quando dei conta que no meio daquela gigante confusão estava uma carrinha dos bombeiros, e estes subiam uma escada que se apoiava à fachada do meu apartamento.
No meio daquela barafunda, consegui encontrar um bombeiro e questionei-o:
- Há fogo?
- Não…- respondeu.
Não tive tempo de perceber quais tinham sido as palavras seguintes, pois o bombeiro teve que ir ajudar um colega. Assim sendo, perguntei à vizinha do prédio ao lado, que estava na janela, e que me disse que era o sapo da D. Conceição que andava por ali aos saltos de telhado em telhado, enquanto eu via que a sua dona, muito preocupada, lhe abanava da varanda com o mata-moscas e algumas moscas lá presas, tentando chamar a sua atenção, mas ele não estava interessado e continuava a saltar para cada vez mais longe.
Subi as escadas e fui para casa descansar.
Era já um pouco tarde e eu estava cansado, de maneira que mal caí na cama adormeci, sem pensar mais no sapo. Durante o sono sonhei com um grupo de sapos vestidos de bombeiros a subirem uma escada e ao mesmo tempo a D. Conceição acenava-lhes dizendo adeus. Os sapos continuavam a subir a escada até ao telhado onde eu estava deitado, como se estivesse na minha cama e quando um dos sapos se aproximou disse-me:
-Acorde Sr. Sapo…Acorde!
Zangado, eu respondi que sapo era ele.
De repente acordei. Senti uma fominha na barriga e quando ia a pegar no leite e nas bolachas, (que todas as noites deixo na mesinha de cabeceira, para o caso da fome aparecer) reparei que o prato estava vazio e que o copo estava partido no chão com o leite derramado. Ao acender a luz toquei em algo viscoso, ouvi um barulho semelhante a: ”Rabbett” e percebi que aquilo não era o interruptor, andei mais um pouco, consegui encontrá-lo e ligar a luz.
Grande surpresa foi a minha quando percebi que o viscoso que tinha tacteado era o sapo da D. Conceição. Afinal tinha sido o sapo que comeu as bolachas, porque uma mosca lá tinha pousado e sem querer ele arrumou com o copo ao chão.
Tinha de pensar numa maneira de tirar o sapo de minha casa. A única solução era entretê-lo até a manhã chegar e em seguida levá-lo à sua dona.
Quando amanheceu fui bater à porta da D. Conceição e disse-lhe:
- O seu sapo apareceu em minha casa, está no meu quarto numa bacia com água e preciso que me venha ajudar a trazê-lo para a sua casa.
- Já não o quero! Ele é um grande vadio que só me dá desgostos! Fique com ele! - resmungou.
-Não…não…! Obrigado mas eu não o quero, para começar não tenho sítio onde o meter, e depois também não tenho paciência para o aturar, a ele e às olimpíadas de saltos, como foi esta noite.
-Eu ofereço-lho! É uma prenda da sua querida vizinha, e agora adeus! Tenho que ir tirar o bolo de chocolate do forno para os meus netinhos! Até à próxima. - disse, fechando-me a porta na cara .
O que hei-de eu fazer com um sapo…?! Já sei! Vou pôr um anúncio no jornal para quem estiver interessado em comprar um sapo.
O tempo ia passando e ninguém respondia ao anúncio. Até que:
- Tilililili…Tililili…
Era o telefone a tocar.
- Estou sim? – disse, atendendo o telefone.
- Boa tarde! Estou a falar com o senhor do anúncio do sapo? - perguntou uma voz um pouco pomposa.
- Sou sim. Porquê… está interessado no sapo?!-perguntei entusiasmado.
- Sim, estou. É para um filme. Sabe é que eu sou realizador de cinema.
Ao mesmo tempo o senhor falava com a secretária perguntando:
- Já arranjou alguma história para o filme?
Do outro lado do telefone eu disse:
- Se é de uma história que precisam eu posso resolver o problema. É que eu adoro escrever. E histórias para contar não me faltam. Até lhe ofereço o sapo!
- A sério?! Muito obrigado! Ficar-lhe-ei eternamente grato!
E foi por isso que eu escrevi esta história.
Trabalho realizado por:
Carolina Ferreira, nº7 - 6º3
Carolina Martins, nº8 – 6º3
Cristina Marinheira, nº9 – 6º3
Inês Fonseca, nº11 – 6º3
OLHAR ATRAVÉS DA JANELA

Da janela da minha sala eu vejo, ao longe, um céu límpido e azul como o mar e grandes nuvens com variadas e engraçadas formas. Mais abaixo, consigo avistar montes verdejantes decorados com trevos, árvores e flores de variadíssimas cores, que perfumam o ar com a sua beleza e frescura. As melodias dos pássaros que lá habitam animam a paisagem. Lá em baixo, contemplo grandes e vistosas casas, carros de diferentes marcas e tamanhos, uma praça coberta por um jardim rico em vegetação, lojas com artigos para todos os gostos e um pátio com crianças a brincar à macaca e a jogar futebol, todas suadas e com as bochechas vermelhas como tomates!
É uma maravilhosa vista!


Pedro Brás - 6º1